sábado, 27 de julho de 2013

porra nenhuma.

Deve ser bonito, sabe?
Toda aquela coisa piegas de 'estive esperando por você', que nem
comedia romântica clichê.

Porra nenhuma.

É, porra nenhuma.
Ninguém espera por ninguém, amigo. Só que a vida é tão fodida
que a gente tem que depositar esperança em algo mais.
A gente quer acreditar. Precisa acreditar. Então termina acreditando em alguém.
Aí escuta aquela música bonitinha e jura que fulano pensa em você também.
Te vem na cabeça as propagandas de margarina (sempre preferi requeijão)
e você se encaixa nos atores. Encenação.
Sabe que é fantasia, mas faz parte dela.
Que nem a sua avó querendo atender o telefone
que tá tocando na novela.

É sua isso aí, amor é publicidade e propaganda.


É quase uma desculpa.
Que nem sair de casa pra ir no bar jurando que vai
ver o jogo. Porra nenhuma. Você vai tomar cerveja, que eu sei.
Mesmo me jurando que vai beber coca-cola.
30 minutos de jogo e você já não tá enxergando nem a bola.

Só que todo porre trás ressaca no outro dia.
Ou pelo menos um mal estar na hora de levantar.
A verdade é que a gente começa só pra acabar.
Porque tudo acaba. E quando acaba você tem a impressão
que não tem mais nada.

Por isso que entre casar ou comprar uma bicicleta,
vou ver aquele filme de ação,
fumando um cigarro e esperando um comercial de requeijão.

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